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Museu de Morfologia do ICB/UFG

O Museu de Morfoplogia do ICB/UFG, está sempre aberto ao público. As atividades do museu nortearam-se no sentido de ampliar e difundir o conhecimento da morfofisiologia corpórea do ser humano e de animais promovendo melhorias na saúde e na qualidade de vida.

O Museu de Morfologia da Universidade Federal de Goiás


Paulo Roberto de Souza1, Fabiana Ribeiro da Mata2, João Roberto da Mata3.

1Professor Ms. Coordenador do Museu de morfologia da UFG

2Professora Ms. Coordenadora do Projeto “A comunidade vai à UFG”

3Professor Dr. Ex-coordenador do Projeto “A comunidade vai à UFG” e chefe do Departamento de Morfologia da UFG

 

            O Museu de Morfologia (MM) da Universidade Federal de Goiás surgiu como uma iniciativa do Departamento de Morfologia (DMORF), do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás e está em funcionamento desde 1975. Inicialmente, o museu serviu como acervo de preservação de coleções de esqueletos, peças anatômicas humanas e de animais que figurava como material de reserva, além do material utilizado no dia a dia, para o atendimento dos cursos de graduação da área biológica. Também neste acervo foram incluídos exemplares anatômicos que apresentavam alguma variação ou anomalia.  Até hoje, estas coleções são apresentadas em exposições didáticas propiciando a compreensão de aspectos da normalidade morfológica, bem como a ocorrência das anomalias sendo algumas incompatíveis com a vida.

            A extensão se impõe dentro da universidade pela sua importância, e cada vez mais tem se integrado ao ensino e à pesquisa. Ela tem alcançado este patamar, uma vez que é fator de contribuição na inclusão social e na formação do cidadão. Na medida em que se integra com o ensino e a pesquisa, a extensão vai perdendo o enfoque assistencialista e assumindo a perspectiva transformadora, ao estimular a emancipação dos grupos sociais com os quais interage, promovendo o desenvolvimento humano e social. Por outro lado, a formação cidadã do aluno universitário também é beneficiada, já que o envolvimento dos estudantes nas problemáticas das comunidades é uma valiosa estratégia para que o discente passe a enxergar sua profissão de maneira mais humanista. Dentre as ações do Departamento de Morfologia, o projeto de extensão “A Comunidade Vai a UFG”, aproxima segmentos da comunidade da rede escolar pública e privada à UFG, ao oportunizar a estas escolas o contato com o meio universitário através do conhecimento das várias partes do corpo humano e de animais enfocando a sua anatomofisiologia. Este projeto auxilia a divulgação do trabalho realizado no DMORF, proporcionando aos alunos do ensino fundamental e médio, o contato prático com o estudo dos vários órgãos que compõem o corpo humano e animal.

            As ciências morfológicas estudam a estrutura e o funcionamento dos organismos. Está didaticamente dividida em várias áreas como a embriologia descreve o desenvolvimento embrionário e fetal, a anatomia que estuda a disposição dos vários sistemas e suas inter-relações, a citologia e a histologia avaliam os tecidos ao nível microscópico. No aspecto humano, o MM propicia a divulgação do conhecimento sobre o organismo humano, com intuito de formar e informar o homem sobre o seu próprio corpo.

            A intenção de estabelecer o ensino morfológico não formal, no cotidiano do departamento de morfologia vem consolidar o trabalho de extensão, permitindo o acesso da comunidade não universitária, às atividades desenvolvidas neste departamento. A interação universidade-comunidade através deste museu tem importância social, pois ao propiciar a oportunidade ao indivíduo de conhecer melhor o seu próprio corpo, e de animais, as pessoas, independentemente do nível sociocultural, se tornam capazes de entender a relação de proximidade das espécies, o que desperta atitudes preservacionistas, na busca de alternativas para os problemas coletivos.

            Assim, as atividades do museu nortearam-se no sentido de ampliar e difundir o conhecimento da morfofisiologia corpórea do ser humano e de animais promovendo melhorias na saúde e na qualidade de vida. O museu, além, de promover abordagens sobre temas debatidos na escola formal, também tem sido um meio de difusão científica, através dos esclarecimentos que propicia aos visitantes.

            O MM funcionou por 28 anos no piso inferior do ICB-IV. Após a mudança da reitoria, em virtude da construção de sua nova sede, o museu teve a oportunidade de ser melhor instalado no piso superior do ICB-III. Durante muitos anos, as atividades do MM foram executadas por professores mais recentemente contratados pelo DMORF, e por professores substitutos, aos quais quase que rotineiramente, eram destinados, além de suas atividades didáticas na graduação, a participação nas atividades do museu. Este fato, se por um lado deixou implícito que para o departamento, as atividades do museu não eram prioridades para o departamento, por outro foi momento de rica aprendizagem para estes professores.

            O acervo do MM se constitui de esqueletos humanos, e de animais domésticos ou selvagens, modelos de material plástico, gesso e resina (figuras) ou de peças anatômicas de órgãos, e segmentos do corpo humano, assim como embriões humanos ou animal e fetos em diferentes estágios de desenvolvimento. As exposições são sistêmicas ou segmentares sobre os aspectos do corpo humano saudável. Também é exposto material anatômico humano e de animais portadores de malformações genéticas.

 

 

  

Figura – Parte do acervo do Museu de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás.

 

            O museu tem atendido escolas públicas e privadas da capital e interior. A constante procura por este atendimento, demonstrou ao longo destes anos que há uma grande demanda e a solicitação de visitas em anos seguidos por algumas escolas, demonstra a importância das atividades do museu, já que este tem propiciado à comunidade um momento para vivencia, reflexão e discussão onde a ciência e a educação têm sido estimuladas.

            Nas atividades do museu o tripé, ensino, pesquisa e extensão universitária são contemplados uma vez que os professores e técnicos envolvidos se esmeram na transmissão do conhecimento, com a busca de inovações técnicas aplicadas na construção do material didático, tais como sistema ósseo, dissecações específicas e técnicas apuradas de conservação do material biológico. As atividades didáticas do museu propiciam crescimento acadêmico e pessoal dos estagiários e monitores pela interação com diferentes tipos de público visitante, contribuindo no seu futuro desempenho profissional.

            As ações didáticas no museu estimulam a curiosidade dos visitantes através do esclarecimento de suas dúvidas. Temas de interesse regionais são colocados em pauta, principalmente relacionando as práticas necessárias para a preservação da saúde e do meio ambiente. Mais recentemente, vários outros temas são abordados tais como: dengue, febre amarela, doação de sangue, doação de órgãos, tabagismo, estresse, depressão, insônia, alcoolismo, auto-medicação uso de drogas e suas conseqüências, Aids, doenças sexualmente transmissíveis, doenças ocupacionais entre outros.

            Deste modo, as atividades desenvolvidas no MM visam a contribuir e incentivar o crescimento de uma nova consciência sobre saúde, cidadania e compromisso com qualidade de vida.

 

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Fonte: Prof JdaMata